Introdução
A doença pneumocócica é causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae, também conhecida como pneumococo. Ela pode ocasionar infecções graves, especialmente quando invade a corrente sanguínea, pulmões ou meninges. A doença pneumocócica invasiva (DPI) está associada a altas taxas de morbidade e mortalidade, principalmente em grupos vulneráveis. Felizmente, a prevenção através da vacinação é eficaz e fundamental para reduzir o impacto da doença.
Neste post, vamos abordar os principais aspectos da doença pneumocócica invasiva, quem está em maior risco e como a imunização pode salvar vidas.
O Que É a Doença Pneumocócica?
A doença pneumocócica pode se manifestar de forma leve, como em casos de sinusite e otite, ou de forma grave, afetando órgãos essenciais do corpo. Quando a infecção se espalha para o sangue, pulmões ou sistema nervoso central, torna-se uma condição grave e potencialmente fatal.
Principais formas da doença pneumocócica invasiva:
Pneumonia pneumocócica: Infecção grave dos pulmões, podendo levar a insuficiência respiratória.
Meningite pneumocócica: Inflamação das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal, com alto risco de sequelas.
Sepse: Infecção generalizada no sangue, podendo evoluir para choque séptico e óbito.
Os sintomas variam de acordo com o local acometido. Contudo, incluem febre alta, calafrios, dor de cabeça, dificuldade para respirar, confusão mental e dor no peito.
Grupos de Risco para a Doença Pneumocócica
Embora qualquer pessoa possa ser infectada pelo Streptococcus pneumoniae, alguns grupos possuem maior vulnerabilidade e risco de complicações graves. Por isso, a atenção especial a esses grupos é essencial:
Crianças menores de 5 anos: Como o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento, elas estão mais suscetíveis a infecções graves.
Idosos acima de 60 anos: O envelhecimento pode comprometer a imunidade, aumentando o risco de infecções severas.
Pessoas imunossuprimidas: Indivíduos com doenças crônicas, como diabetes, HIV, câncer, doenças pulmonares ou renais, possuem maior propensão a desenvolver a forma invasiva da doença.
Pacientes com asplenia ou disfunção esplênica: O baço tem um papel essencial na imunidade contra infecções bacterianas.
Tabagistas e etilistas crônicos: O uso prolongado de álcool e cigarro compromete a imunidade, aumentando o risco de doenças respiratórias.
A prevenção é essencial para esses grupos. Portanto, a vacinação é a principal estratégia de proteção.
Prevenção e Vacinas Contra a Doença Pneumocócica
A melhor forma de prevenir a doença pneumocócica invasiva é por meio da vacinação. Existem diferentes tipos de vacinas que protegem contra sorotipos específicos do pneumococo:
◉ Vacina Pneumocócica Conjugada 10-valente (VPC10): Disponível no Programa Nacional de Imunização (PNI), protege contra 10 sorotipos e é aplicada em crianças.
◍ Vacina Pneumocócica Conjugada 13-valente (VPC13): Protege contra 13 sorotipos e é recomendada para crianças, idosos e imunossuprimidos.
◎ Vacina Pneumocócica Conjugada 15-valente (VPC15): Expande a proteção em relação à VPC13, sendo uma opção para adultos com maior risco de infecções graves.
◈ Vacina Pneumocócica Conjugada 20-valente (VPC20): Oferece uma cobertura ainda mais ampla contra 20 sorotipos, sendo uma alternativa promissora para proteção em adultos, sem necessidade de combinação com outras vacinas.
◆ Vacina Pneumocócica Polissacarídica 23-valente (VPP23): Abrange 23 sorotipos e é indicada para adultos com doenças crônicas e idosos.
A combinação de VPC13 ou VPC15 com a VPP23 é recomendada para pacientes de alto risco, garantindo proteção abrangente contra infecções pneumocócicas graves. No caso da opção pela VPC20, não há necessidade de combinação com VPP23.
Outras Medidas de Prevenção:
Procurar atendimento médico ao primeiro sinal de infecção respiratória grave.
Manter a carteira de vacinação atualizada.
Evitar tabagismo e consumo excessivo de álcool.
Adotar hábitos de higiene, como lavagem frequente das mãos.
Conclusão
A doença pneumocócica invasiva é uma condição grave. No entanto, preveni-la é possível através da vacinação e de hábitos saudáveis. Pessoas que fazem parte dos grupos de risco devem buscar orientação médica para garantir a proteção adequada.
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